quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Fala Foca: A Estrela Cadente


Hoje é um dia muito triste não só pra mim como para muita gente. Há 29 anos, a estrela mais brilhante da MPB se apagou. Elis Regina não é lembrada apenas pela morte que teve ou pelo temperamento forte e sim por causa de seu talento.
Desde criança, ela já demonstrava talento para a música, pois com 9 anos já tocava piano tão bem que era preciso que seus pais comprassem um pra ela para continuar aprendendo, mas como não tinham dinheiro, ela acabou parando com as aulas e resolvendo cantar.
Com 11 anos fez sua estreia no programa de rádio Clube do Guri e 5 anos depois lançou seu 1° LP, “Viva a Brotolândia”, mas sua carreira realmente decolou quando ela ganhou o I Festival de Música Popular Brasileira interpretando arrastão, aos 20 anos.
Depois dessa vitória, ela foi contratada para apresentar o programa O Fino da Bossa junto com Jair Rodrigues, dando início assim a uma das melhores parcerias da década de 1960.
No início de 1967, para tentar recuperar a audiência de seu programa, Elis foi obrigada a trabalhar com seu maior inimigo, Ronaldo Bôscoli, mas para a surpresa geral da nação, os dois acabaram se casando no fim desse mesmo ano.
Entretanto, o AI número 5, de dezembro de 1968 freou um pouco sua carreira, fazendo com que ela voltasse ao que era só algum tempo depois de dar a luz ao primeiro filho, João Marcelo Bôscoli, e de se rebelar contra o governo.
Porém, apesar de o fim da década de 1960 não ter sido um sucesso estrondoso para ela, há músicas gravadas por ela que fazem sucesso até hoje, como “O Barquinho”, de 1968 e “These are the songs”, de 1969, que foi uma parceria antológica com Tim Maia.
Embora a década de 1970 tenha começado conturbada para Elis com a alergia de João Marcelo a leite, o fim do casamento com Bôscoli e ameaça de ser presa pelos militares, durante esse período que ela fez mais sucesso, com o disco “Elis e Tom”.
Em 1975, ela estreou o maior sucesso de sua carreira, o disco “Falso Brilhante”, que traz a música Como Nossos Pais e que ficou em cartaz por 14 meses no Teatro Bandeirantes. Outro fato importante em sua vida nesse ano foi o nascimento de seu segundo filho, Pedro Camargo Mariano, e primeiro com o pianista César Camargo Mariano.
Após o encerramento do espetáculo Falso Brilhante, ela parou um pouco com os shows, pois a essa altura já estava grávida de sua tão sonhada filha mulher, a cantora Maria Rita, que nasceu em 9 de Setembro de 1977.
Em 1979, Elis participou do Festival de Jazz de Montreux e também gravou o disco “Elis, essa mulher”, no qual ela gravou a música que se tornou o hino da anistia, “O Bêbado e a Equilibrista”.
Já em 1980, ela participou do especial da rede globo que fazia parte da Série Grandes Nomes, o “Elis Regina carvalho Costa”, no qual ela cantou duas das músicas dela que eu mais gosto, “Querelas do Brasil” e “Redescobrir”.
No último ano completo de sua vida, a pimentinha se separou de César Mariano e pouco tempo depois começou a namorar o advogado Samuel Mac Dowell e também gravou última música de sua vida, o bolero “Me deixas louca”, para a novela brilhante.
Elis Regina morreu supostamente por overdose de cocaína misturada com bebida em 19 de janeiro de 1982, aos 36 anos, mas a verdade é que ela sempre vai ser a estrela mais bonita de todos os seus fãs, pois passou pela vida de todos que conheceu como uma estrela cadente.

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